segunda-feira

Minha árvore de Natal ferida




(...) todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Romanos 8.28).






No começo deste ano, meu filho de seis anos pegou uma picareta de jardinagem e fez vários cortes na palmeira do meu quintal. Fiquei muito triste ao pensar que as marcas ficariam ali para sempre, como cicatrizes. Na semana passada, um pouco atrasada para enfeitar a casa, resolvi improvisar uma árvore de Natal envolvendo aqueles troncos feridos com um lindo pisca-pisca colorido.

No processo de enrolar os fios, percebi que algumas das cicatrizes dos troncos seriam muito úteis para que eu pendurasse as pequenas lâmpadas. E, no final daquela tarde, minha triste palmeira ferida se converteu numa linda e colorida árvore de Natal, piscando alegremente na escuridão da noite.

Enquanto eu envolvia os troncos cuidadosamente com o pisca-pisca, comecei a pensar em como o ano de 2008 foi difícil para mim. Porém, antes que eu pudesse lamentar, um pensamento muito abençoado me invadiu:

"Você teve tempos difíceis, mas não fique triste por causa das cicatrizes. Faça alguma coisa útil com as suas marcas".

Não perca mais tempo se entristecendo com coisas passadas. Recorde somente os momentos felizes. Reconstrua a casa, refaça o sonho, comece de novo, continue vivendo e faça alguma coisa útil com as suas marcas.

quinta-feira

Como reaproveitar um bagaço de laranja







O bagaço de laranja não é tão inútil quanto parece. Ele ainda serve para muitas coisas:

Ele pode ser usado como adubo orgânico e também para semear o campo, porque todo bagaço ainda tem alguns caroços, podendo deixar de ser a lembrança de uma laranja esmagada e se converter em um novo laranjal.

Na culinária, pode ser usado para fazer doce de laranja e, além disso, sua casca ralada costuma ser eficaz para temperar o arroz doce. Há quem o transforme em licor de casca de laranja e quem se contente com um delicioso chá.

Ainda que não soe poético, ele também serve para alimentar a flora intestinal que nos defende dos micróbios causadores de doenças, bem como para regular o funcionamento do intestino e curar prisão de ventre.

Tem dificuldade para espirrar? Cheire um bagaço ligeiramente torcido para dar um bom espirro. E, por falar nisso, os químicos podem fazer um delicioso perfume com o bagaço de laranja.

Ele ainda pode ser usado para matar a fome de um menino pobre, que não ficaria saciado apenas com o caldo de uma laranja. E, se ao invés de faminto o garoto estivesse triste, o bagaço poderia ser usado para a gente improvisar um brinquedo, fazendo um barquinho com a casca seca. Isso tudo sem considerar que ele poderia virar uma cuia improvisada para alimentar passarinhos, dar água para os pombos ou colocar ração para um cãozinho de rua.

Quer mais? Um bagaço de laranja serve para guardar uma muda de planta quando não temos um vaso. Quando está bem seco, se atirado ao fogo, serve como combustível e alimenta as chamas de uma fogueira de acampamento. E, quando ainda não secou, também pode ser queimado para espantar mosquitos.

Pode virar uma tigela para servir sorvete de laranja ou mousse. Com alguns palitos espetados de maneira criativa, ele pode até virar um arranjo de mesa em uma festa de primavera...

A utilização de um bagaço vai depender da maneira como ele foi golpeado ou do tipo de corte que recebeu. De qualquer forma, quem o despreza não é capaz de perceber tudo quanto está perdendo.
Grande coisa é ser um bagaço de laranja! Glórias a Deus pelo bagaço de laranja! Um bagaço de laranja não tem medo de ser chutado, moído e amassado, porque já perdeu o orgulho das laranjas.

Por isso, caso você esteja se sentindo inferior e desprezado, quero que entenda uma grande lição: se um bagaço de laranja ainda serve para muitas coisas, imagine o que Deus pode fazer com uma vida preciosa como a sua.

sexta-feira

Imagens de esperança































Minha amiga estava me falando que formigas carregando folhas, pingos de chuva na janela e borboletas esvoaçantes são imagens de esperança. Então fui à Internet para buscar as cenas que ela poderia estar imaginando e encontrei lindas paisagens que me fizeram pensar no Paraíso.

Quando penso na morada eterna que teremos com Deus, não consigo imaginar um lugar muito diferente da Terra. Eu acredito que a menção bíblica de ruas de ouro não seja para descrever um lugar luxuoso, mas para imaginarmos que as riquezas materiais que hoje os seres humanos cobiçam serão tão insignificantes e desprovidas de valor como o asfalto que pisamos. Mas o Ceú terá belezas de valor incalculável, muitas delas exatamente iguais às que vemos aqui neste planeta. A diferença é que nós vamos notar.

Na eternidade, teremos tempo de sobra para apreciar todas as cenas lindas que hoje nós perdemos, por causa desta nossa correria do dia-a-dia. Estamos tão preocupados em conquistar a felicidade com o que ainda não temos, que nos esquecemos de ser felizes com aquilo que nós já temos. Certa vez, no jardim da casa onde eu morava, olhei para uma folha e vi o sol da manhã arco-irisar uma gota de orvalho. Uma imagem única, exibida com exclusividade para mim. Nunca mais me esqueci daquela visão.

Pense em quantas cenas exclusivas Deus preparou para que apenas você apreciasse. Imagens que ficaram para sempre arquivadas em sua mente para emergirem quando seu mundo estiver tristonho e sem cor. São suas imagens de esperança, propagandas de um pouquinho do que haverá na eternidade, ao lado da Trindade Santa.

Quem leu O Grande Abismo, de C.S. Lewis, levou um enorme susto no último capítulo. No livro, o precipício tenebroso para castigo dos ímpios, apesar de ser um lugar terrível, é apenas um insignificante buraquinho escondido discretamente no gramado do Céu. Quando uma das personagens questiona este fato, recebe a explicação de que o Inferno não é um lugar pequeno. O Céu é que é grande demais, pois o Bem é infinitamente maior do o Mal.

Continue crendo em Jesus Cristo, pegue suas imagens de esperança e pense no Céu. Um dia, todas as suas angústias passarão e você ficará livre.


"Torno a trazer isso à mente, portanto tenho esperança" (Lamentações de Jeremias 3.21).

quarta-feira

Os beliscões virtuais
















O meu dicionário Michaelis define a palavra virtual como "algo que não existe na realidade, mas sim como potência ou faculdade. Que equivale a outro, podendo fazer as vezes deste em virtude ou atividade". Eu não sabia desta definição tão exata para os beliscões virtuais que eu inventei para o Daniel, meu filhinho de seis anos muito travesso.


O Daniel apronta algo novo a cada hora, por isso coloquei numa folha A4 números correspondentes a todos os dias do mês vigente e escrevi seu nome no topo com uma legenda explicativa. O beliscão virtual é uma bolinha de pincel atômico, feita ao lado do dia em que ocorre a travessura.

Se, ao final do mês, existirem menos de 100 bolinhas no papel, ele ganha um presente - que pode ser uma ida ao parque, shopping, cinema, um brinquedo ou uma roupa nova. Se, porém, ultrapassar a marca permitida - que corresponde a seis beliscões virtuais por dia durante uma quinzena, ou três diários numa folha com marcação mensal, a recompensa estará perdida.


Para o Daniel os beliscões virtuais são tão doloridos quanto os reais. Ele lamenta cada bolinha preta que coloco no papel e, muitas vezes, contesta o sinal de demérito recebido, com uma dor igual ou maior do que teria se eles fossem reais. O interessante é que, com isso, eu também comecei a fazê-lo entender amor e o perdão de Deus.

Algumas vezes coloco um quadradinho de papel branco para cobrir uma bolinha que, de outra forma, não conseguiria retirar do papel. Aos poucos, ele está aprendendo que o quadradinho branco é sinal de que foi perdoado e a bolinha coberta foi esquecida. Então, quando isso ocorre, sabe que recebeu uma nova chance. Aí eu aproveito para dizer que o sangue que Jesus derramou na cruz cobre e apaga nossos pecados, para que recebamos a recompensa de Deus.


Engraçado é que, no fundo, sei que, sem a misericórdia dos quadradinhos brancos aplicados sobre as bolinhas excedentes, o Daniel jamais pisaria num parque novamente. Da mesma forma que, sem o sangue de Jesus, eu não poderia ter qualquer esperança de ir para o Céu.




"Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira"(Romanos 5.9).

domingo

Não julgue a aparência




A imagem que você vê é de um pé de capim cidreira. Ele cresce em qualquer lugar e, por ter uma aparência de mato, ninguém liga muito para ele. Mas não subestime seu poder de ação.

Estava me sentindo nervosa, por causa de uma notícia que recebi e procurei, entre as minhas caixinhas de chá, algo que pudesse me ajudar a ficar melhor. Mas verifiquei que, ao longo do mês, eu já havia tomado a caixa inteira de camomila, a de hortelã, a de maracujá e, para minha decepção total, só havia sobrado a que eu menos gostava: capim cidreira.

Antes de fazer cara ne nojo, resolvi, por pura curiosidade, pesquisar na Wikipedia alguma coisa sobre a erva que tem o nome científico pomposo de Cymbopogon Citratus e descobri que ela não é tão insignificante como aparenta. Segundo a enciclopédia livre, a planta é cheia de "propriedades febrífugas, sudoríficas, analgésicas, calmantes, antidepressivas, diuréticas e expectorantes, além de ser bactericida, hepatoprotetora, antiespasmódica, estimulante da circulação periférica, e estimulante estomacal e lácteo".

Eu vi uma farmácia inteira dentro daquela caixinha olhando para mim e sorrindo, como se fosse o profeta Amós do mundo das plantas medicinais:

– Olhe aqui, minha querida. Não sou Maracujá, nem Hortelã, muito menos Camomila. Sou apenas um pé de capim com aparência comum, que cresço em qualquer lugar, mas estou aqui porque Deus me mandou deixar você bem calma e fazer seu sono ser profundo e tranquilo.

Agora lá vou eu, com meu Amós dos chás, tentar me esquecer do dia estressante que tive. Mas vou pensando que, mais uma vez, Deus me ensina a não julgar segundo as aparências. Porque tudo tem o seu valor e o seu propósito neste mundo.

E, só para quem ficou curioso, deixo a referência bíblica sobre Amós, que a plantinha me fez lembrar:

"Eu não sou profeta, nem filho de profeta, mas boieiro, e cultivador de sicômoros. Mas o Senhor me tirou de após o gado, e o Senhor me disse: Vai, profetiza ao meu povo Israel" (Amós 7.14,15)

(Iolanda Ribeiro )

O folheto infantil


No domingo, no culto infantil, fiquei encarregada de substituir a professora das crianças que havia faltado. Após o período de louvor, enquanto a pregação era iniciada, as crianças foram para o cultinho, em um outro local, para cantarem louvores infantis, ouvirem uma historinha bíblica e realizarem uma atividade manual no contexto do que foi ensinado. O problema era que, apanhada de surpresa, eu não tinha idéia do que poderia falar. Foi quando o Espírito Santo me deu a feliz idéia de falar sobre o "ide e pregai".

Contei para as crianças que Jesus, após a ressurreição, um pouquinho antes de subir aos céus, reuniu todos os seus amigos e mandou que fossem por todo o mundo ensinando as coisas boas que o Senhor havia ensinado para eles. Depois, como atividade, eu distribuí retângulos de papel e pedi que as crianças confeccionassem folhetos de evangelização. Ficaram lindos!

No final do culto, antes da bênção apostólica, quando as crianças retornaram ao templo, eu pedi que o pastor orasse pedindo a bênção de Deus sobre todos os folhetos que nós fizemos.

As crianças desenharam cenas bíblicas com lápis de cor nos retângulos e eu escrevi, com caneta esferográfica, um convite para a Escola Dominical no verso de cada um. Na frente, com letra pequena, escrevi mensagens diferentes, conforme o Senhor ia nos inspirando: " Jesus tem um plano para a sua vida", "Jesus ama você", " Venha conhecer Jesus " etc. Às vezes, eu apenas explicava o que estava desenhado.

Um garotinho desenhou um bonequinho caminhando sobre uns rabiscos azuis, com um pequeno sol no alto. Eu perguntei o significado do desenho e ele me explicou. Então eu escrevi num cantinho do papel o que ele havia retratado: Jesus no mar.

Ao chegar em casa, coloquei um pouquinho de cola com purpurina prateada em alguns cantinhos, para que os folhetos ficassem levemente brilhando e, usando uma fita durex daquelas bem largas, plastifiquei cuidadosamente cada um deles, para serem distribuídos para outras crianças e adultos que moram nos arredores da igreja.

Na quinta-feira daquela semana, um grave problema de família me abateu. Quando fechei a porta para orar, olhei para a minha mesa de cabeceira e encontrei os folhetos infantis plastificados. Então vi o bonequinho andando sobre os rabiscos e uma grande paz me envolveu. Jesus estava caminhando sobre o mar.


Iolanda Ribeiro


quarta-feira

Vida e saúde



Eu comecei a seguir um método para ler a Bíblia toda em um ano. Leio 3 capítulos do Antigo Testamento e 2 do Novo Testamento, todos os dias. Este pequeno tempo que gasto tem me feito um bem enorme. Eu estou no livro de Êxodo e, vendo o poder de Deus, eu comecei a ter mais fé. Minhas crises de asma estão diminuindo e eu estou tomando menos remédios.

A Palavra de Deus cura. Leia a Bíblia todos os dias e você vai ficar curado (a). Eu estava meditando nisso um outro dia, quando li o que Jesus falou: " Nem só de pão o homem viverá, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus". O Espírito Santo soprou ao meu coração que, assim como o alimento (pão) me dá saúde para continuar vivendo, a Palavra de Deus também faz o mesmo efeito, trazendo vida e saúde. Aí eu comecei a ler a Bíblia com a mesma disciplina que uso para comer: todos os dias. E, da mesma forma, comecei a ficar curada...

(Trecho do e-mail que mandei para a minha irmã)

segunda-feira

De onde me virá o socorro?



Elevo meus olhos para os montes, de onde me virá o socorro?
(Sl 121.1)

Na cultura de Israel, os montes tinham uma importância muito grande. Eles eram os lugares de vigilância. Neles os guerreiros subiam para enxergar a distância e ver de onde vinham os inimigos. O monte também era lugar de refúgio, pois era comum que os perseguidos se escondessem em lugares de difícil acesso em busca do escape. Além disso, era do alto deles que os combatentes da linha de fundo ficavam esperando o momento certo de descer e dar apoio aos guerreiros que estavam na linha de frente nos combates, que aconteciam nos vales. Assim, quando um grupo estava em desvantagem, sua última chance de vitória era contar com o restante do exército, que desceria dos montes para ajudá-lo.
 
O salmista, quando afirma que eleva seus olhos para os montes, deixa perceptível uma angústia na frase. Ele não fala que a ajuda necessária está vindo. Ele olha para o alto, observa atentamente todos os lados e percebe que não há ninguém descendo em seu auxílio. Daí o seu flagrante desespero: “Onde está? De onde me virá a ajuda? Cadê vocês?”
Neste momento, ele percebe que está sozinho sem quem possa livrá-lo, que o socorro falhou, que a corda se rompeu, que está vulnerável à mercê dos inimigos. E sua angústia não é diferente daquela que, ultrapassando as fronteiras do tempo, chegou aos dias atuais.
A pessoa cheia de dívidas que está presa nas teias de um agiota, a mãe que vê seu filho mergulhado nas drogas, o jovem que é reprovado novamente no vestibular, o tumor cancerígeno que acaba de ser diagnosticado no corpo outrora saudável, o pai desempregado que já não tem como sustentar a casa, a mulher trabalhadora que precisa deixar os filhos sozinhos em casa...Todos olham para os lados e fazem a mesma pergunta: “De onde me virá o socorro?”

Mas o salmista, quando eleva seus olhos para os montes e procura ajuda, também se lembra de que o simbolismo do monte na cultura de Israel era ainda muito mais forte. Por sua proximidade com o céu, o monte era o lugar mais perto do Criador. Por isso ele sabe que, mesmo que não possa contar com o socorro humano, o seu livramento vem do Senhor que fez o céu e a terra. É exatamente nos momentos em que tudo parece perdido, quando nada mais se pode fazer, que a oração move a mão de Deus em nosso favor.

Ainda hoje é comum que as pessoas subam nos montes buscando um refúgio para oração e adoração. Para o povo de Deus, os montes são símbolos de esperança, libertação, recomeço e fé. A arca de Noé, segundo a tradição, atracou no monte Ararat – a montanha mais alta da Turquia. Era no cume do monte Sinai (ou Horeb) que o Deus Vivo falava com Moisés. E foi no monte do Calvário (ou Gólgota), que ocorreu a crucificação do Senhor Jesus Cristo, em sacrifício por toda a humanidade.

Quando toda a ajuda humana falhar, quando não houver saída, quando a cavalaria não chegar, quando o desespero começar a tomar o terreno, lembre-se de elevar seus olhos para o alto e, como o salmista, acreditar que o socorro virá do Senhor que fez os céus e a terra.
(Iolanda Ribeiro)

SALMOS 121
1 Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro?
2 O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.
3 Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não dormitará.
4 Eis que não dormitará nem dormirá aquele que guarda a Israel.
5 O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua mão direita.
6 De dia o sol não te ferirá, nem a lua de noite.
7 O Senhor te guardará de todo o mal; ele guardará a tua vida.
8 O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre.
(Bíblia Sagrada- Versão 2G)

domingo

Como derrotar as escolhas erradas




Jesus nasceu e cresceu em um país dominado por uma potência estrangeira: Roma. Para você ter uma idéia do que isso significava, imagine por um instante o Brasil invadido e dominado por outra nação. Imagine se, no lugar da bandeira brasileira na Praça dos Três Poderes em Brasília, estivesse a bandeira de outro povo. Que visão aterrorizadora, não é mesmo? Mas era assim que os judeus do tempo de Jesus de sentiam o tempo todo. Por isso, era muito natural que eles sonhassem com um messias libertador, que expulsasse os estrangeiros e restaurasse o orgulho nacional. Porém, quando aquele prometido Cristo foi anunciado por um anjo a Maria, ele não disse que o bebê viria salvar a nação do jugo romano. Ele disse que viria salvar o povo dos seus pecados.

Salvar o povo dos pecados tinha prioridade absoluta para Deus, porque o tempo que um ser humano passa na Terra é curto e incerto demais para que sua salvação eterna seja posta em risco. Jesus veio para nos salvar. Tal fato significa que cada indivíduo (eu, você e aquele ali na esquina) somos mais importantes que um país inteiro. Então vamos refletir sobre tudo o que isso significa.

Jesus veio para nos salvar dos nossos pecados. A primeira coisa que devemos considerar é que pecado é algo perigoso, do qual precisamos ser salvos. Pecado é nocivo, pois nos destrói e nos separa de Deus. Vemos pessoas ricas, com tudo o que poderiam sonhar ao alcance das mãos mergulharem no pecado dos vícios e destruírem suas vidas por completo. Vemos políticos respeitados perderem a reputação que conquistaram ao longo de anos por não conseguirem resistir ao pecado da corrupção. E até mesmo religiosos caem em pecados sexuais e decepcionam grandes multidões que neles confiavam. E há, ainda, os pecados que não vemos, que são os piores, pois são praticados no oculto das nossas mentes, como a inveja, o ódio, a cobiça etc. O fato é que ninguém escapa de ser tentado, pois o Inimigo anda ao redor, procurando alguém a quem possa devorar.

A segunda coisa que me ocorre quando penso em pecado é que ele é um problema universal. Ninguém escapa de ser um pecador, todos pecaram. Todos nós temos que lidar diariamente com essa ameaça que pode nos matar, roubar e destruir. E, por mais que eu seja uma evangélica com vinte e quatro anos de igreja nas costas, ainda tenho que lutar contra os meus pecados todos os dias. 

Se, por um lado, eu ainda estou lutando para viver no espírito e vencer o pecado, também há uma terceira coisa que eu gostaria de considerar sobre o assunto. Nenhum cristão verdadeiro gosta de pecar. Para nós, os servos de Jesus, o pecado é um acidente que gostaríamos de nunca mais cometer. É por isso que estamos sempre confessando nossos tropeços a Deus e pedindo Seu perdão. E é também por isso que devemos perdoar nossos irmãos e irmãs em Cristo, entendendo que eles também fazem uma enorme força para não pecarem e, mesmo assim, de vez em quando, acabam nos decepcionando. 

Em nossa luta contra o pecado, temos que lutar contra três forças acusadoras com enorme poder de destruição: o Diabo, aqueles que nos julgam e nossa autocrítica. O Inimigo, que vive nos acusando dia e noite, conforme nos ensinam as Escrituras (leia Apocalipse 12.10), será destruído para sempre. Aqueles que nos apontam o dedo e criticam nossas falhas são pessoas que também precisam ser tratadas em seu caráter pois, do contrário, também serão julgadas (leia Mateus 7.1). Além disso, Deus só perdoa aos que perdoam (leia Mateus 6.14,15). E, por último, temos que lutar contra o perfeccionismo, contra aquela voz falsa que vive nos acusando e dizendo que não somos bons o suficiente. Está escrito que o Espírito Santo veio para nos convencer do pecado, da justiça e do juízo (leia em João 16.8). A convicção de pecado dada pelo Espírito Santo é sempre envolta em uma atmosfera de graça divina – muito diferente do que sentimos quando somos acusados, pelo Diabo, pelas pessoas ou por nós mesmos.

Neste ponto, chegamos ao que o anjo disse em sonho para José: “(...) ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mateus 1.21). Somente Jesus pode nos livrar do pecado e suas consequências nocivas sobre as nossas vidas. Muitas pessoas entregaram suas vidas para Jesus porque reconheceram que eram pecadoras e, depois, começaram a sentir-se mais santas que todas as outras. Mas a verdade é que precisamos de Jesus para derrotarmos o pecado e, para que isso aconteça, precisamos estar presos a Ele, como varas em uma videira.
Se quisermos que o mundo se torne melhor, as pessoas precisam tornar-se melhores. O Rio de Janeiro, estado onde moro, vive uma epidemia de dengue neste exato momento. Os focos de Aedes Aegypti só podem ser eliminados se cada morador vigiar a sua casa. Da mesma forma, o mundo melhora um pouco sempre que um homem ou uma mulher, em algum lugar deste planeta, entrega sua vida para Deus e decide deixar que o Espírito Santo faça uma obra restauradora.

“Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim” (João 15.4).

Iolanda Ribeiro

sábado

Ele fará aquilo que você deseja


 

Pedir é uma atitude de humildade, de quem está precisando de uma ajuda e conta com alguém em posição de ajudar. Certa vez, fui a um amigo que era chefe de uma empresa para pedir-lhe um emprego. Eu não disse: “Eu sei que você é o chefe por aqui e, já que é meu amigo, faça essas pessoas me deixarem trabalhar neste lugar”. Eu pedi que me empregasse, com simplicidade e sem qualquer exigência. Ele não só me arrumou o emprego como me ensinou muitas coisas que eu não sabia, provando que realmente era meu amigo.

Nos últimos dias, comecei a me concentrar no fato de que Deus é nosso melhor amigo. Ele fica feliz em conceder os desejos dos corações de Seus filhos e filhas. Sabendo que Nosso Pai gosta de nos atender quando pedimos algo com fé e segundo a Sua vontade, eu me aproximo como uma criança para contar-lhe tudo o que desejo:
“Senhor, desejo que aquele meu irmão fique curado da doença horrível que tem tirado a sua paz durante tantos anos. E desejo que a operação da minha irmã seja um sucesso, para que ela saia da mesa de cirurgia completamente curada. Desejo que aquela mãe aflita consiga um meio de sustentar seus filhos com um emprego melhor...” E vou desejando coisas, sem fazer força mental, sem franzir a testa, até que, ao final do meu tempo de oração, eu digo: “Peço, meu Pai, que o Senhor conceda todos esses meus desejos em Nome de Jesus. Amém”.
É simples assim.
“Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração” (Sl 37.4).

segunda-feira

As pernas curtas da mentira






Quando eu era criança, o-di-a-va o meu nome. Iolanda era antigo demais, grande demais, e as pessoas às vezes me chamavam de ioiô, que era um apelido ridículo. Além disso, eu nunca encontrava outra pessoa que também o tivesse, fato que me transformava na primeira e única Iolanda que eu conhecia.

Certa vez, quando fui passar uns dias na casa de uma irmã casada, resolvi que também tiraria férias do meu nome e adotaria outro. Assim, durante todos aqueles dias, eu disse às garotinhas da rua que eu me chamava Ana Marisa - que, aliás, era o nome da minha professora.

Brinquei feliz durante muito tempo com aquele nome, mas os meus dias de Ana Marisa terminaram de uma forma brusca, numa bela manhã. As meninas resolveram aparecer todas juntas na porta da casa onde eu estava hospedada para que eu também participasse de uma brincadeira. Eu senti um frio no estômago quando elas chamaram: Ana Marisa! Ana Marisa!

Eu fui correndo para fora, pois eu estaria frita, assada e cozida se minha irmã mais velha descobrisse aquela mentira sobre o meu nome. Então resolvi confessar depressa a verdade para minhas amiguinhas e, assim, ficar livre de um castigo maior ainda em casa. Eu só não imaginava que minhas amigas fossem ficar tão magoadas comigo.

Nunca me esqueci da expressão de desânimo daquelas crianças quando me disseram: "Você mentiu para a gente!" Aquela sensação de ter feito algo errado começou a doer dentro de mim. Mais tarde, aprendi que aquilo se chamava remorso...

Infelizmente, naquele tempo, eu ainda não sabia nada sobre o fato de que Jesus Cristo perdoa pecados e fiquei me sentindo um verme.

Hoje sei que basta apenas admitir minhas falhas diante do Senhor, pedir o Seu perdão e deixar que o sangue derramado na cruz me torne mais alva do que a neve.

(I. Ribeiro)

"Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1João 1.8,9)

sexta-feira

Meu pé de maracujá
















Não é uma planta bonita, pois cresce de maneira torta e desproporcional, com uns galhinhos fininhos e tortos. Além disso, tem uma flor horrível e sem perfume, que me faz entender o sarcasmo de quem chama os outros de flor de maracujá.

Seus frutos ficam bonitos no começo, mas se enfeiam no final, parecendo que ficaram velhos e murchos. Mas é justamente aí, nesse momento de aparente decrepitude, que eles atingem o objetivo de toda a sua existência: ficam doces e me acalmam.

Há começos difíceis e trajetórias de aparente fracasso que, no final, dão frutos preciosos. O maracujá não apenas alimenta, mas torna as pessoas calmas, serenas e tranquilas. E, enquanto vai subindo pela cerca, enfrentando a fúria das lagartas, ele nos faz pensar em como é teimoso e valente.

Deus teve uma feliz idéia ao criar uma fruta tão interessante. As aparências enganam e nos dão surpresas alegres no final. Ninguém é tão feio, desengonçado, frágil e sem valor como se imagina. Todos podem dar bons frutos quando se entregam a Cristo.

Fique em paz, meu querido pé de maracujá. Você é muito importante no meio do pomar.

(I.Ribeiro)


"Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí" ( Jeremias 31.3).

segunda-feira

Enquanto a resposta de Deus não vem





Hoje, ao escrever para um rapaz com um grave problema existencial, estive refletindo sobre o que podemos fazer enquanto a tão esperada resposta divina não vem.

Gosto muita de uma frase do Senhor Jesus Cristo, escrita em Jo 5.17: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também". Gosto de imaginar Deus trabalhando neste exato momento, para que as pessoas que O buscam sejam felizes.

Diante de um grande problema, nunca devemos pensar que Deus nos abandonou. Ele está trabalhando para nos ajudar e, no momento certo, a resposta chegará. Mesmo que demore. Na Bíblia há registros de sonhos que demoraram muito tempo para se realizarem, como a entrada na terra prometida que só ocorreu após 40 anos (Êx 16.35), a gravidez de Sara acontecida na velhice (Gn 17.17) e o homem que ficou doente por 38 anos, sem ter quem o colocasse no tanque (Jo 5.5), até o momento em que se encontrou com Jesus de Nazaré.

Nunca devemos desistir de orar, porque alguns problemas são também provas de fé e paciência que enfrentamos. Devemos ter sempre em mente que Deus tem um plano para cada um de nós e nunca nos perde de vista. Veja o que está escrito na Bíblia:

"Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam" (Hb 11.6).

É claro que não devemos ficar parados, esperando a ajuda cair do céu, sem atitude alguma. O desempregado deve mandar currículos enquanto ora por um novo emprego. O enfermo deve ir ao médico enquanto espera um milagre de cura. O conselho bíblico é que, enquanto a resposta não vem, não devemos ficar ansiosos, porém não podemos nos entregar ao comodismo e deixar o barco escorregar correnteza abaixo.

E, enquanto a resposta não vem, agradeça a Deus por todas as bênçãos que você já possui na vida. Acredite: por mais difíceis que estejam as coisas, elas poderiam estar piores.

"Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus" (Fp 4.6,7).

"E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?"(Mt6.27).

O maior milagre não é um desejo concedido, mas uma alma que permanece em paz apesar dos pesares. É um coração que permanece agradecido no meio das adversidades (1Ts 5.18). É um corpo que não escapa da cova dos leões, mas também não é comido (Dn 6). É alguém que passa pelo vale da sombra da morte e não sente medo (Sl 23.4), que é jogado na fornalha de fogo e não se queima(Dn 3.17).

Deus está no comando e devemos sempre esperar. Algumas respostas são quase instantâneas e podem acontecer no minuto seguinte. Veja o caso do cego que clamou: "Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim"(Mc 10.47). Clame e não desista. Sua resposta pode chegar hoje.

sexta-feira

Minha caminhada de oração



"Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças" (Filipenses 4:6).




Eu estava um pouco acima do peso e precisava emagrecer. Além desse probleminha físico, eu sentia que precisava dar um fôlego novo à minha vida devocional. Então uni o útil ao imprescindível e iniciei uma caminhada diária de oração.

São apenas vinte minutinhos, sempre depois que deixo meu filho no colégio. Eu simplesmente sigo em frente e vou até o final de uma rua, depois viro à direita e continuo andando. Ao final de vinte minutos, eu percorri uma espécie de quadrado meio torto que termina no meu portão. No caminho, vou apreciando os sons e imagens da manhã - pessoas caminhando apressadas para o trabalho, gatos que atravessam a rua correndo, passarinhos ensaiando as primeiras notas do dia, cachorros de rua preguiçosos, uma fábrica que chama os operários para o trabalho, flores e pomares dos quintais, além de muitas outras coisas para observar.

Durante toda a caminhada, eu converso com Deus, de forma descontraída, sem rituais religiosos. Coloco minhas necessidades diante dele, falo de minhas angústias e frustrações, intercedo por outras pessoas, e renovo minhas esperanças em um novo dia, tudo enquanto vou seguindo meu caminho. Ao chegar em casa, vou direto para minha mesinha e leio um capítulo da Bíblia. Depois, leio os textos devocionais que me enviam por e-mail e, quando percebo, já passei toda uma hora na presença de Deus, em oração e meditação.

É assim, devagarinho, sem pressa, que vou reconstruindo minha saúde física e espiritual.

sábado

Não ligue para quem falou mal de você





Ninguém gosta de ser criticado, ridicularizado, julgado e difamado, mas é melhor ser criticado do que criticar; é melhor ser ridicularizado do que ridicularizar; é melhor ser julgado do que julgar; é melhor ser difamado do que difamar. Quem sofre a ação de um maldizente tem um sofrimento passageiro, mas quem é um maldizente terá um sofrimento eterno.

Na Bíblia está escrito que "(... ) nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus"(1Coríntios 6.10).

Maldizente

Que, ou pessoa que tem má língua, ou diz mal dos outros; difamador. Sin: maledicente, malédico (dicionário Michaelis Português)

Falar mal dos outros é um hábito muito ruim que, sem percebermos, podemos adquirir. Quem fala dos outros é um severo crítico e julgador, mas esconde muita insegurança e amargura na alma. Apontar os defeitos dos outros é a forma que alguém encontra para diminuir o desconforto que sente com a constatação de seus próprios defeitos. É a forma que a mente doentia encontra para sentir-se, por um breve momento, superior.

Oração

Deus, livra-me de ter uma língua maldizente. Oro em nome de Jesus.

AS FORMIGUINHAS DO AÇÚCAR

     “Há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando para a morte ” (Provérbios 14:12).     Deixei a caneca on...